quarta-feira, 13 de abril de 2011

Envelhecimento Cutâneo

O envelhecimento, ou senescência é o conjunto de modificações fisiológicas irreversíveis e inevitáveis que ocorre nos seres vivos. Nos seres humanos este processo dinâmico envolve, com o passar do tempo, mudanças clínicas, fisiológicas, histológicas e psicológicas.

Ao longo da vida, a pele e os outros órgãos do corpo humano, apresentam características e modificações que são próprias de cada período etário do indivíduo, sendo assim identifica-se a pele infantil, a pele juvenil e a pele senil.

A pele, assim como todos os setores do organismo humano, também sofre as alterações involutivas do processo biológico de envelhecimento, mas ao contrário do que ocorre nos outros órgãos, a pele não envelhece harmonicamente. Isso ocorre porque vários fatores estão envolvidos no processo, fazendo com que tanto o ritmo como a profundidade em que ele ocorre dependam de causas diferentes. Esses fatores podem ser intrínsecos (naturais, determinados por condições genéticas, hormonais, imunológicas e psicológicas) ou extrínsecos (condições externas como exposição à luz solar, poluição, produtos químicos, tabagismo e calor excessivo).

Portanto no envelhecimento cutâneo consideramos dois tipos distintos:

- Envelhecimento Intrínseco ou Verdadeiro ou Cronológico (Cronossenescência)

As alterações estão na dependência direta do tempo de vida ou idade do indivíduo, e se iniciam usualmente, a partir dos 30-35 anos de idade como um processo biológico natural. O envelhecimento é esperado, inevitável e progressivo. A pele é difusa e progressivamente acometida: mucosas, cabelos, pêlos, unhas, ner

vos locais, vasos sanguíneos, glândulas sudoríparas e sebáceas. Ocorrem alterações microscópicas, bioquímicas e funcionais de evolução gradual: perda de vasos sanguíneos, colágeno, gordura e fibras elásticas, redução de folículos pilosos e ductos glandulares. Estas alterações são percebidas ao tato e visualmente como:

- Pele pálida, lisa, fina, com aparência de papel de cigarro ou casca de cebola, diminuição da extensibilidade e elasticidade. Esta frouxidão tecidual é

observada principalmente nas pálpebras, bochechas e pescoço que se apresentam “caídos”. Manchas acastanhadas irregulares e difusas. Pele seca, com rugas superficiais e profundas devido à diminuição da umidade e da camada de gordura do tecido celular subcutâneo.



- Os pêlos tornam-se mais finos, rarefeitos e quebradiços. Menos numerosos na cabeça, axilas, púbis e pernas. A diminuição progressiva dos melanócitos (células produtoras da melanina que dar a cor aos pêlos) dos folículos pilosos vai tornando os cabelos e pêlos corporais acinzentados, brancos, mas ainda com remanescentes de cor normal. São comuns as manifestações androgênicas a partir dos 50 anos: nos homens: calvície, pêlos supérfluos e mais grossos nas orelhas, sobrancelhas e nariz; nas mulheres: pêlos mais “espessos e indiscretos” no lábio superior e no queixo.

- As unhas se tornam mais frágeis, quebradiças, finas ou espessadas, opacas e com estriações longitudinais, chegando às vezes a fissurar. Nos pés, as unhas ficam mais espessas e encurvadas e seu ritmo de crescimento diminui.

- Fragilidade cutânea, fragilidade capilar (manchas arroxeadas em dorso das mãos e antebraços), diminuição da sensibilidade aos estímulos táteis e sensibilidade à pressão.


- Envelhecimento Extrínseco ou Pseudo- envelhecimento

Tem como causa fatores extrínsecos. O mais freqüente e importante fator é a exposição à radiação ultravioleta, principalmente a solar e mais recentemente nas câmeras de bronzeamento artificial causando o que chamamos de actinossenescência ou dermatoheliose ou fotoenvelhecimento. A seguir, a exposição à poluição ambiental, produtos químicos, tabagismo e calor excessivo.

A actinossenescência surge nas áreas cronicamente foto-expostas ao sol (face, pescoço, dorso das mãos e colo), devido ao efeito repetitivo da ação agressiva e degenerativa dos raios solares: a radiação ultravioleta de comprimento de onda curto (UVB) agride as camadas superficiais da pele (epiderme), a radiação ultravioleta de comprimento de onda longo (UVA) lesa a camada média (derme) e a radiação infravermelha A atinge a derme profunda e o tecido celular subcutâneo.

As modificações surgem em longo prazo, cerca de 10 a 20 anos após o início da exposição aos raios solares e se superpõe ao envelhecimento intrínseco mostrando uma pele precocemente alterada, lembrando a pele senil.


Medidas preventivas e terapêuticas:


- Fotoproteção rigorosa (protetor solar, roupas adequadas, óculos escuros, chapéus ou sombrinhas ou guarda-chuvas para se proteger do sol).
- Hábitos de vida e alimentação saudáveis.
- Hidratação interna.
- Controle do stress.
- Hábitos de cuidados da pele.
- Cremes com ácidos, antioxidantes, hidratantes.
- Peelings.
- LASER/ IPL.